sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Que 2018 venha repleto de luz e amor!

Mais um ano vai chegando ao fim... E o que 2016 teve de pesado e difícil, 2017 teve de leve, de lindo! Foi um ano cheio de amor, de partilha, de aprendizado, de momentos únicos! 

Esses dois últimos meses do ano foram um pouco complicados para mim, particularmente, mas agradeço também a estes momentos de escuridão, porque só com eles é que podemos enxergar a luz. E o balanço de 2017 está muito mais do que positivo!  

Dando prosseguimento a minha tradição pessoal de abrir o "pote da gratidão" no final do ano e agradecer por todos os momentos lindos dos últimos 365 dias, eu faço aqui a minha lista de melhores do ano:

- Conhecer pessoas mais que especiais que marcaram minha vida e que estarão sempre em meu coração;
- Aprender a fazer duas coisas que eu achava que ia morrer sem saber: andar de bicicleta e nadar;
- Realizar o projeto que idealizei em 2015, o Kids on the Road;
- Descobrir a Astrologia Sideral, que tem se tornado uma nova luz no meu caminho;
- Conhecer lugares mágicos e desfrutar de momentos ímpares em meio a natureza;
- Compartilhar o sonho da minha filha de ver o Bon Jovi ao vivo;
- Participar de um momento especial na vida de uma grande amiga;
- Assistir ao Midnight Oil, banda que eu nunca imaginei ver ao vivo;
- Descobrir novas músicas e artistas que fazem parte da minha trilha sonora diária;
- Tornar-me artista de rua;
- Poder experimentar vários caminhos para saber qual deles quero seguir;
- Fortalecer a minha relação com meus filhos e ter a companhia e o sorriso deles sempre comigo!

Termino esse ano com muita paz no coração, sabendo que o universo está se encarregando de tudo para o próximo ano e só posso desejar que 2018 venha repleto de luz e amor para todos nós!

Até já!







quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Believe in who you are

A frase é de uma propaganda de cigarros, mas me fez refletir. Acreditar em quem eu sou. Como podemos acreditar em nós mesmos sem sofrer influências exteriores? Sem levar em conta tudo o que acham que devemos ser? Você é jovem/velho demais para isso. Você tem filhos, não pode agir assim. Você não tem filhos, não sabe como é. Você se criou na cidade, é urbano. Você gosta do mato, é um hippie. Você não se apega, não tem sentimentos. Você se apega demais, vai sofrer à toa. Você é de tal signo, por isso é assim. 

Será possível sermos nós mesmos sem sermos bombardeados de pré-conceitos? Talvez não, mas creio que podemos e devemos ser nós mesmos, independente desses pré-juízos que ouvimos dos outros e de nós mesmos. Muitas vezes, talvez por toda essa tagarelice da sociedade, a gente fica meio perdido e não sabe bem quem a gente é de verdade. Seguimos uma profissão que nem gostamos tanto porque, em teoria, dá mais retorno financeiro, ou porque nossos pais sempre sonharam com ela. Acreditamos que agimos de determinada forma porque sofremos influência do nosso signo solar, ou do nosso ascendente, ou da nossa lua, ou da casa 4 em mercúrio retrógrado. Whatever. Nos conformamos com isso. Ah, Gêmeos é assim mesmo, fazer o quê? Nos mantemos em relacionamentos com pessoas que não nos fazem bem, seja um companheiro(a), um parente, até mesmo pai e/ou mãe, porque "devemos" algo a eles, porque seria feio ou injusto cortarmos os laços com tais pessoas. 

Como acreditar em quem nós somos se não sabemos quem somos? Então, como saber quem somos? Acredito que só há um caminho para essa descoberta - o caminho do coração. Podíamos ouvir mais o nosso coração e menos a nossa mente, acanhoneada full time por discriminações intrínsecas da nossa criação. E esse caminho do coração pode mudar constantemente, afinal de contas nós nascemos todos os dias ao acordar e morremos todas as noites ao dormir. Então, o que eu sou hoje, pode não ser o que eu serei amanhã, mas pode ser a única hipótese de acreditar em quem eu sou; o agora, o instante. Como diria a minha favorita, Clarice Linspector, meu tema é o instante, meu tema de vida. Divido-me milhares de vezes, em tantas vezes quanto os instantes decorrem. Só no tempo há espaço para mim. E acredito em quem eu sou: essa colcha de retalhos dos fragmentos do tempo, as lembranças, os instantes vividos um a um intensamente, com todas as alegrias, tristezas, emoções e confusões que cabem em um único momento, um caleidoscópio vivo e infinito. E você, acredita em quem você é?


sábado, 19 de agosto de 2017

Me chamem louca...

Me chamem louca porque sou uma metamorfose ambulante. Porque não me acostumo a viver uma vida que não me faça feliz. Porque não acredito que a felicidade seja um acúmulo de bens, posses ou coisas, pelo contrário, a felicidade pode ser o desapego de tudo e o caminhar livre, aceitando o que o universo nos traz.

Me chamem louca porque eu sou desapego. Não me apego a bens materiais, a nada que eu possa ter ou tocar, me apego ao que eu possa ser. Meu apego é de sentimentos, de compartilhar. Nunca tive muito e tudo que tive sempre compartilhei, dei, doei, deixei pra trás. Não me atenho a pequenas coisas, a mesquinharia não faz parte do meu vocabulário. Por isso a abundância está sempre presente. Abundância de histórias, de experiências, de sorrisos, de abraços, de amor. 

Me chamem louca porque eu tenho oportunidade de reconstruir e não reconstruo. Reconstruir o que? Não quero muralhas, fortes, casas cercadas, seguras e confortáveis, abarrotadas de corações vazios. Prefiro os castelos de areia. Enquanto os construo me divirto, junto daqueles que mais amo, os meus filhos. Construímos juntos castelos com a nossa cara, castelos divertidos, cheios de cor e amor. E quando eles desmoronam, a gente ri junto e parte para o próximo. Assim ensino a eles que o futuro é relativo. Que é legal a gente pensar nele, fazer alguns planos e caminhar em direção a eles, mas sem esquecer nunca que a qualquer momento vem um vento qualquer que derruba tudo, então o importante mesmo é aproveitar enquanto fazemos os castelos de areia e deixar o resto para o universo resolver. E ele sempre resolve, sempre nos traz o que a gente precisa, na hora que a gente precisa.

Me chamem louca por eu dizer uma coisa e depois dizer outra. Não é que eu não tenha palavra. Quando eu digo, eu digo com toda a sinceridade, eu coloco o meu coração nas palavras. Mas meu coração é mutável. E eu sou uma pessoa muito fiel, fiel ao meu coração. Se eu depois disser outra coisa, não é loucura, é sentimento. E sentimentos geram expectativas. E o que são as expectativas se não a nossa projeção em algo ou alguém? 

Me chamem louca então por eu não ter expectativa alguma, por viver livre e ter a capacidade de mudar absolutamente tudo se algo me faz mal. Por eu não ter expectativa alguma, apesar de gerar expectativas nos outros. Eu sinto muito se eu gerei alguma expectativa não cumprida. E me chamem louca se ser fiel a si mesmo é loucura.

Me chamem louca se eu não acredito no que a maioria diz. Se a minha mente me prega armadilhas e eu de vez em quando pareça uma pessoa "normal". E quando todos achem que eu finalmente virei uma pessoa normal, eu faça tudo ao contrário e pareça louca. Não é para ser do contra. Não é egoísmo. Não é traição. Muito menos ingratidão. É apenas seguir o meu coração. E se seguir o coração em um mundo tão cheio de "razão" é loucura, me chamem louca então...




quarta-feira, 26 de julho de 2017

Quando tudo dá errado para que tudo dê certo...

A vida é feita de ordem e caos. A cada caos, a ordem que se segue supera a anterior e saímos fortalecidos de mais um ciclo. Às vezes o caos pode fazer parecer que tudo deu errado. Entretanto, muitas vezes o "dar errado" é só uma forma do universo nos colocar no nosso caminho novamente e fazer tudo "dar certo". 

Quando voltei para o Brasil, acreditei que tinha encontrado o lugar perfeito para viver com meus filhos. Foi perfeito, enquanto durou. Mas o caos veio à tona para me lembrar da maior lição que eu aprendi no último ano: me doar sem me anular. Talvez eu seja ingênua, talvez só alimentada pela esperança e a beleza de encontrar pessoas que vivam suas vidas e deixem que os outros vivam as deles. Quando os ciclos se repetem, normalmente é para que aprendamos alguma coisa. Será que eu teria que aprender a confiar menos, a me entregar menos e ser menos eu? Não, não quero aprender essa "lição". O que aprendo é que, apesar de tudo, eu vou continuar espalhando amor, vou continuar sendo transparente e vou sempre ser eu mesma, ainda que não sendo a mesma para sempre. E se os ciclos se repetem, de pessoas que me julgam, me apontam o dedo, me dizem uma coisa pessoalmente, mas nas costas pensam e falam outra, de pessoas que tem um lindo discurso para a sociedade, mas na prática agem e vivem contraditoriamente, que se repitam, eu apenas levo a paz e a certeza de que coloco todo o meu amor em tudo que faço. 

Quando vem o caos, temos que colocar nossa criatividade em prática e procurar soluções para estabelecer a ordem novamente. Um dos primeiros lugares que pensei, ao voltar para o Brasil, foi São Francisco de Paula, a cidade que morei antes de ir para a Europa. Porém, tinha muitas dúvidas e muita incerteza de como recomeçar a vida por lá. Mas uma coisa linda em ser nômade, é que posso espalhar amor em muitos lugares e esse amor acaba por voltar pra mim, porque tenho a sorte e a alegria de encontrar pessoas mágicas e incríveis por todo o meu caminho. Foi com a energia dessas pessoas que, em menos de duas semanas na cidade, eu consegui encaminhar nossa nova vida e restabelecer a nossa paz, minha e das crianças, que estão muito felizes em voltar para uma das cidades brasileiras mais lindas que conhecemos.  

E esse se torna, pra mim, o grande propósito da vida: simplesmente amar, sem esperar nada em troca e sabendo que muitas pessoas ainda não estão preparadas para o amor. Porque amar livremente ainda é considerado loucura. Mas louco é quem me diz, e não é feliz...


sábado, 8 de julho de 2017

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Um mês que valeu por 100

Hoje completa-se um mês daquele 24 de janeiro, uma tarde chuvosa de uma terça-feira, onde seguimos viagem após um dia agitado e corrido, saindo da rodoviária de Porto Alegre rumo ao sul do estado. Depois de toda a euforia do retorno à terra que deixamos ao ir para a Europa, dois anos e meio antes, seguimos entusiasmados rumo ao desconhecido. A única coisa que eu sabia sobre o nosso destino, era que se tratava de uma fazenda de permacultura, localizada em um pequeno município próximo a Tapes. Nas negociações para a nossa chegada, desde o mês anterior, eu já tinha me identificado com o lugar pela descrição da filosofia e das atividades que ali se desenvolviam. Mas era preciso ver na prática, conhecer o lugar e as pessoas para ver se realmente seria o lugar onde finalmente poderíamos aportar, depois de quase dois anos sem um lar.

Paisagens ao redor da Chácara

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Quem acredita sempre alcança

Há muitos estudos sobre o poder da nossa mente, do quanto podemos trabalhar nossos pensamentos para terem resultados reais em nossas vidas, no que desejamos para nós. Não somente acredito nestas teorias, como tenho as colocado em prática. Por muito tempo, na verdade, eu já utilizava esse 'poder da mente', mas de forma inconsciente. Nos últimos tempos, diante de acontecimentos muito marcantes na minha vida, eu acabei por tomar uma maior consciência desse poder e a me aperceber do quanto nossos pensamentos realmente influenciam no nosso dia a dia. 

A consciência de que somos o que pensamos ajuda muito para a realização dos nossos sonhos. Mentalizar, movimentar, mesmo que apenas um milímetro por vez, em direção àquilo que acreditamos. E o mais importante: nunca desistir. Passei quase dois anos buscando um futuro diferente para os meus filhos. Queria encontrar para eles um lugar em meio à natureza, onde eles pudessem crescer aproveitando melhor a infância, sem a necessidade inútil de aparatos tecnológicos que hoje em dia se faz tão presente nos grandes centros. Queria encontrar uma forma de viver com eles, e não somente sobreviver. Não foi fácil, o caminho até encontrar este tão sonhado lugar foi tortuoso, com muitos obstáculos. Em muitos momentos tive dúvidas de como realizar isso na prática. Entretanto, nunca deixei de acreditar e de me movimentar para a realização deste sonho, por mais que os imprevistos e a pressão fossem muito grandes, mantendo meu pensamento sempre otimista e focado. É o grande cliché, quem acredita sempre alcança.

Era como se eu soubesse que em algum momento eu encontraria esse lugar, que eu poderia dar a eles essa vida que eu imaginei depois de tantas e tantas viagens com ambos. Foi como uma grande recompensa encontrar este lugar, exatamente como o tinha imaginado, e ainda com alguns bônus que poderei desenvolver, como a questão cultural, minha veia mais pulsante. Ou seja, se somos perseverantes em nossa busca, acabamos por encontrar aquilo que tanto buscamos, custe o tempo que custar. Por mais que nossa vida esteja de cabeça pra baixo, que tenhamos a sensação de que nada dá certo e que tenhamos vontade de jogar tudo para o alto, se soubermos usar toda essa força que temos em nossa mente, as peças do quebra-cabeças vão se montando até encontrarmos a paisagem final. Você de fato não precisa ver a escada inteira para começar a subi-la. Mas se nunca puser o seu pé no primeiro degrau, nunca chegará ao final dela. E no fim, mesmo com todas as tempestades do caminho, o sol sempre volta a brilhar.