sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Um mês que valeu por 100

Hoje completa-se um mês daquele 24 de janeiro, uma tarde chuvosa de uma terça-feira, onde seguimos viagem após um dia agitado e corrido, saindo da rodoviária de Porto Alegre rumo ao sul do estado. Depois de toda a euforia do retorno à terra que deixamos ao ir para a Europa, dois anos e meio antes, seguimos entusiasmados rumo ao desconhecido. A única coisa que eu sabia sobre o nosso destino, era que se tratava de uma fazenda de permacultura, localizada em um pequeno município próximo a Tapes. Nas negociações para a nossa chegada, desde o mês anterior, eu já tinha me identificado com o lugar pela descrição da filosofia e das atividades que ali se desenvolviam. Mas era preciso ver na prática, conhecer o lugar e as pessoas para ver se realmente seria o lugar onde finalmente poderíamos aportar, depois de quase dois anos sem um lar.

Paisagens ao redor da Chácara

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Quem acredita sempre alcança

Há muitos estudos sobre o poder da nossa mente, do quanto podemos trabalhar nossos pensamentos para terem resultados reais em nossas vidas, no que desejamos para nós. Não somente acredito nestas teorias, como tenho as colocado em prática. Por muito tempo, na verdade, eu já utilizava esse 'poder da mente', mas de forma inconsciente. Nos últimos tempos, diante de acontecimentos muito marcantes na minha vida, eu acabei por tomar uma maior consciência desse poder e a me aperceber do quanto nossos pensamentos realmente influenciam no nosso dia a dia. 

A consciência de que somos o que pensamos ajuda muito para a realização dos nossos sonhos. Mentalizar, movimentar, mesmo que apenas um milímetro por vez, em direção àquilo que acreditamos. E o mais importante: nunca desistir. Passei quase dois anos buscando um futuro diferente para os meus filhos. Queria encontrar para eles um lugar em meio à natureza, onde eles pudessem crescer aproveitando melhor a infância, sem a necessidade inútil de aparatos tecnológicos que hoje em dia se faz tão presente nos grandes centros. Queria encontrar uma forma de viver com eles, e não somente sobreviver. Não foi fácil, o caminho até encontrar este tão sonhado lugar foi tortuoso, com muitos obstáculos. Em muitos momentos tive dúvidas de como realizar isso na prática. Entretanto, nunca deixei de acreditar e de me movimentar para a realização deste sonho, por mais que os imprevistos e a pressão fossem muito grandes, mantendo meu pensamento sempre otimista e focado. É o grande cliché, quem acredita sempre alcança.

Era como se eu soubesse que em algum momento eu encontraria esse lugar, que eu poderia dar a eles essa vida que eu imaginei depois de tantas e tantas viagens com ambos. Foi como uma grande recompensa encontrar este lugar, exatamente como o tinha imaginado, e ainda com alguns bônus que poderei desenvolver, como a questão cultural, minha veia mais pulsante. Ou seja, se somos perseverantes em nossa busca, acabamos por encontrar aquilo que tanto buscamos, custe o tempo que custar. Por mais que nossa vida esteja de cabeça pra baixo, que tenhamos a sensação de que nada dá certo e que tenhamos vontade de jogar tudo para o alto, se soubermos usar toda essa força que temos em nossa mente, as peças do quebra-cabeças vão se montando até encontrarmos a paisagem final. Você de fato não precisa ver a escada inteira para começar a subi-la. Mas se nunca puser o seu pé no primeiro degrau, nunca chegará ao final dela. E no fim, mesmo com todas as tempestades do caminho, o sol sempre volta a brilhar.