Anathema no palco do Paradise Garage |
Em uma semana em que passamos intensos momentos (bons e ruins), aquela oportunidade seria para fechá-la com chave de ouro. Encontrei o Neo na fila do Paradise, pois fui direto de uma (excelente) reunião e estava deveras empolgada com o momento. Depois de alguns instantes na fila, já passando muito das nove, que era o horário marcado nos ingressos, conseguimos finalmente entrar no local e fomos surpreendidos pelo final do concerto dos Mothers Cake, uma banda que eu não conhecia e que muito me chamou a atenção e me agradou com seu som pesado e o baixo bem trabalhado.
A casa estava praticamente lotada e o calor começou a incomodar um bocado. O sistema de ventilação não dava conta e durante o intervalo esperamos sentados no chão, ansiosos pelo show de uma das melhores viagens sonoras da atualidade. Quando a banda dos irmãos Cavanagh subiu ao palco a emoção já tomou conta e eu rapidamente consegui um lugar ao lado do bar - não para consumir, mas porque tinha um ferro que me permitiu ficar da altura do Neo e visualizar todo o palco, coisa rara pra mim na maioria dos eventos. No show de outubro do ano passado em São Paulo, vimos um excelente repertório, mas com a banda desfalcada, pois viajaram para a América Latina apenas Vincent e Danny Cavanagh e Lee Douglas. Ontem estávamos de frente para a banda completa com os três irmãos, John e Lee Douglas, além do batera português Daniel Cardoso.
Minha cara depois das lágrimas |
Na sequência eles mandaram mais lindas composições como Thin Air, Ariel, The Lost Song Pt 3 e Anathema. Pronto, o show estava no auge e agora só faltava ver alguns clássicos como One Last Goodbye e Lost Control. Mas, pra frustração de muitos, inclusive a do Neo, não foi isso que eles fizeram. Os ingleses, quase como o Morrissey havia feito dias antes no Coliseu dos Recreios, tocaram praticamente todo o novo álbum Distant Satellites e deixaram as antigas (e maravilhosas) obras de fora do repertório. Nadinha do Judgement, apenas duas do A Natural Disaster (a própria e Closer) e fecharam com Fragile Dreams, única do excelente Alternative 4 que teve vez. O preenchimento do show ficou com muitas músicas do novo álbum (8 das 10) e mais algumas do anterior Weather Systems, deixando uma sensação de que faltou algo.
Casa lotada |
Pensaria em voltar ao Paradise Garage para outros concertos, mas o calor que passei ali dentro me faz desistir da hipótese, pois me manter sem ter um "teto preto" em um ambiente tão claustrofóbico é outra proeza que somente o Anathema me proporciona...
Os repertórios (ou alinhamentos, como se diz cá em Portugal)
São Paulo, 14/10/13 1. Untouchable, Part 1 2. Untouchable, Part 2 3. The Gathering of the Clouds 4. Lightning Song 5. Thin Air 6. Dreaming Light 7. Deep 8. Emotional Winter 9. Wings of God 10. The Beginning and the End 11. A Natural Disaster 12. Closer 13. A Simple Mistake 14. Internal Landscapes 15. Shroud of False 16. Lost Control 17. Destiny 18. Inner Silence 19. One Last Goodbye 20. Parisienne Moonlight 21. Fragile Dreams Por ábuns:
| Lisboa, 10/10/14 1. The Lost Song, Part 1 2. The Lost Song, Part 2 3. Untouchable, Part 1 4. Untouchable, Part 2 5. Thin Air 6. Ariel 7. The Lost Song, Part 3 8. Anathema 9. The Beginning and the End 10. Universal 11. Closer 12. Firelight 13. Distant Satellites 14. A Natural Disaster 15. Take Shelter 16. Fragile Dreams Por álbuns:
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